Ceará

Pesquisadores alertam sobre impactos com a possível exploração de urânio no Ceará

Enquanto o processo de licenciamento da Usina de Itataia, no interior cearense, segue com previsão de início das obras em 2016, um estudo f...

Enquanto o processo de licenciamento da Usina de Itataia, no interior cearense, segue com previsão de início das obras em 2016, um estudo feito pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), em Caetité, no sudoeste da Bahia, aponta os prejuízos causados na região e a relação com o projeto Santa Quitéria, no Ceará.


 O Núcleo Tramas, da Universidade Federal do Ceará (UFC), questionou o estudo e o relatório ambiental sobre o transporte de 40 toneladas anuais do concentrado de urânio de Itataia via Porto do Mucuripe, na capital cearense.  A relatora da pesquisa e professora da Puc-SP, Marijani Lisboa, acredita que essa questão é delicada devido aos riscos de acidentes no percurso.   O Ibama informou que o transporte do produto minerário deve obedecer a legislação de carga, sob aprovação e fiscalização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).


Marijani Lisboa afirma que o Ceará não vai ganhar nada com a instalação da usina.  O Brasil, atualmente, consome cerca de 32 milhões de toneladas de fertilizantes por ano. O projeto de Santa Quitéria deve atingir carga plena.   Após três anos de operação, a produção anual estimada é de 900 mil toneladas de fertilizantes fosfatados, equivalente a um décimo da produção nacional.


O faturamento do empreendimento pode chegar a R$ 1 bilhão.  Já a produção de urânio concentrado é estimada em 1.600 toneladas anuais, tendo em vista que a reserva da jazida de Itataia é de 80 mil toneladas de urânio. O engenheiro químico e professor doutor da UFC do departamento de engenharia química do Centro de Tecnologia, João José Hiluy Filho, acredita que o ponto mais prejudicado é o local onde está a jazida. 


Devem acompanhar as audiências que acontecem até o próximo sábado, dia 22, representantes do consórcio Santa Quitéria, formado pela estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e pelo grupo Galvani, além do Ministério Público Federal, o Núcleo Tramas da UFC e a sociedade civil. As audiências vão acontecer em Santa Quitéria e Itatira. 


Fonte: Tribuna do Ceará via Netcina

Postar um comentário

DEIXE SEU COMENTÁRIO, EXPONHA SUA OPINIÃO SOBRE AS MATÉRIAS E DÊ SUGESTÕES, PARA A MELHORIA DE NOSSOS MATÉRIAS E NOTÍCIAS.

emo-but-icon

item